sexta-feira, 12 de junho de 2015

HISTÓRIA DA BATERIA NO BRASIL

A história da bateria no Brasil está intimamente ligada ao surgimento das bandas de metais nos anos de 1830, com a criação da banda marcial da Guarda Nacional. Logo esses grupos se proliferaram por todo o país e por volta de 1880 animavam os bailes tocando as músicas da época como : polcas, valsas, maxixes, dobrados e outras. O momento exato da chegada da bateria no Brasil é controverso, há evidências que o pianista e baterista norte-americano Harry Kosarin tenha sido o primeiro baterista a tocar com a orquestra do maestro Souza Lima em São Paulo por volta de 1919. 

As primeiras aparições de bateristas brasileiros são feitas nas salas de cinemas onde fazem a sonoplastia para filmes mudos, onde o baterista normalmente usava uma caixa sobre uma cadeira, um bumbo ,sem pedal, que era tocado com as mãos ou mesmo com chutes, e um prato pendurado na grade que separava a platéia dos músicos. O samba surgiu um 1910 no princípio acompanhado de piano e instrumentos de corda e de metais, foi só a partir de 1920 é que surgiu um outro tipo de samba, o samba batucado surgido na Estácio de Sá, onde havia uma grande participação dos instrumentos de percussão. 

Entre 1920 e 1950 não se tem muita coisa sobre a bateria no Brasil. 
Foi à partir de 1950 com o surgimento da bossa nova é que mudou o cenário musical brasileiro. O samba vai tomando o seu formato na bateria através das bandas do cassino da Urca e da Rádio Nacional. O aparecimento das primeiras baterias brasileiras é muito confusa, alguns dizem que foi a fábrica de baterias Caramuru a primeira a fabricar baterias no Brasil. 

A bateria Pinguim surge em 1952, inspiradas nas já famosas baterias Ludwig. As baterias Pinguim foram muito usadas por músicos das mais variadas vertentes musicais de 1952 até o final dos anos de 1970, nos anos 80 eram os melhores instrumentos feitos no Brasil. 

Foi também nos anos 50 que surgiram outras marcas de bateria como a gope , saema , rollstar e taiko, mas essas não tinham um padrão definido, algumas vezes o instrumento tinha um ótimo som em outras vezes deixava a desejar. Ainda nos anos 50 surgiu a fábrica de pratos Ziltanann, um prato que fez muito sucesso entre os anos 60 e 70. 

Na década de 1980 Tibério Correa começou a fabricar as baterias Luthier, feitas a mão com alto padrão de qualidade, ainda nos anos 80 Raul Sperloni funda a Raul instrumentos de percussão que além de congas e bongôs produziu ferragens para bateria de altíssima qualidade, fato inédito no Brasil até então. A marca Raul foi incorporada pela Bauer Percussion. 

Nos anos 90 com a abertura do país para produtos importados as grandes marcas como tama , pearl, gretsch, slingerland, ludwig, yamaha fizeram sua estréia em terras brasileiras. As dificuldades impostas pela entrada de instrumentos importados, pois muitos deles eram fabricados na china e chegavam aqui com baixíssimos preços, não acomodou a indústria nacional. Hoje há marcas como a Odery famosa mundialmente e que tem representantes pelos Estados Unidos e Europa, temos ainda a RMV e a Adah, os pratos Ziltanann estão de volta no mercado sendo fabricados pela Weril , e ainda falando de pratos temos a Orion e a Octagon sem falar nas peles de altíssima qualidade da RMV , Gope , Batera e Luen.

autor/fonte: http://joaoamilton.blogspot.com.br/2012/07/bateria-no-brasil.html

RUDIMENTOS


O que é rudimentar, obviamente, é importante. Rudimento significa as primeiras lições de uma arte, a base portanto. Mas nem todos os estudantes percebem essa obviedade, por isso irei direto ao ponto neste post: não se pode tocar bem bateria sem um domínio mínimo dos principais rudimentos.

Mas o que são os rudimentos? São sequências definidas de toques a serem treinados repetidamente. Padrões de combinações que constituem um exercício, como por exemplo o paradiddle: direita/esquerda/direita/direita/esquerda/direita/esquerda/esquerda.

O paradiddle, por sua vez, é uma variação, um rearranjo de outros dois rudimentos ainda mais simples, o toque simples (direita/esquerda/direira/esquerda) e o toque duplo (direita/direita/esquerda/esquerda). E assim, reagrupando de maneiras diferentes os toques com as baquetas das mãos esquerda e direita, é possível construir vários outros rudimentos.

A Percussive Arts Society, maior entidade de divulgação de bateria e percussão do mundo elenca 40 exercícios básicos para serem treinados. São os famosos 40 rudimentos. Mas não se assuste com a quantidade, dentre os 40 há muita repetição. Sobram, depois de uma boa peneira, uns 15 exercícios que devem, esses sim, ser treinados à exaustão.

Segue o link para baixar o pdf com os 40 rudimentos. Quem tiver dificuldade em ler partitura pode ouvir os rudimentos, um a um, clicando em “listen to the rudiments”. Bom estudo.



autor/fonte: https://baterajoinville.wordpress.com/