terça-feira, 29 de janeiro de 2019

PARTITURA DE BATERIA DO ZERO: (PARTE 1) NOTAÇÕES MUSICAIS

Em uma partitura de bateria tudo começa pela clave. É pela clave, no início da pauta, que você sabe que se trata de uma partitura para percussão. O símbolo pode variar dentre os dois tipos abaixo. A clave de percussão é distinta pois o instrumento de percussão tem altura indeterminada.




Na pauta, devemos saber utilizar os símbolos que caracterizam cada parte da bateria. Abaixo temos um padrão muito utilizado. Observe que cada linha da pauta corresponde a uma peça da bateria. 




Você deve ter um caderno de pauta musical para fazer suas anotações. Não precisa comprar, copie e cole no word e depois imprima. 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

TAMBORES: TIPOS DE CASCOS, MADEIRAS

Cedro: Ficou muito popular entre as guitarras inicialmente e devido a praticidade e corte e a facilidade em obter chapas finas com boa densidade, começou a ser usado no Brasil popularizando-se na segunda metade dos anos 90. Possui uma boa envergadura, o que facilita a criação do tambor, tem um timbre mais grave com harmonicos mais agudos no decay, é uma madeira que produz um bom corpo, mas a longo prazo se não for bem cuidada apresentará deficit sonoro decorrente de rachaduras. Tem uma cor mais voltada para o rosa e de cheiro suave porém, bem marcate. 

Bapeva: Ganhou mercado no final dos anos 90 no Brasil quando a RMV começou a frabricar seus modelos com essa madeira. Se tornou lider de mercado durante alguns anos no Brasil. É uma madeira com similiaridades ao Maple Canadence no que diz respeito a densidade e projeção sonora. Madeira comumente conhecida como “goiabão” ou “araça-piranga” é natural do centro oeste do pais, tem uma cor avermelhada ou amarela palida. Seu cheiro é bem destindo e muito resistente para o fim musical, porém precisa ser bem acondicionada pois é um glorioso manjar aos insetos e cupins. 

Copaiba: Além das descobertas no campo medicinal, musicalmente falando é uma madeira surpreendente, com brilho distinto e equilibrado e graves pontuais com muita ataque, acabam por dar vida à instrumentos de ótima qualidade a um baixo custo. Facil de controlar, não tem muito volume de som, se comparado com a bubinga ou maple mas para nossa realidade no Brasil é um instrumento excelente tem um timbre muito definido, é uma madeira muito densa de cor avermelhada e cheiro bem caracteristico 

Araucaria: Madeira ainda considerada em estado de estinção só se permite sua utilização provinda de rigoroso controle fiscal do pais bem como medidas de contrapartida como reflorestamento e corte conciente. É uma madeira que conseguiu galgar um bom espaço no mercado internacional, com um corpo sonoro medio grave e com boa projeção sonora ela também se destaca pela sua peleza e pela facilidade no manuseio durante a frabricação dos cascos, além de prover laminas finas devido sua densidade sem perder as caracteristicas sonoras, quando chamadas as altas frequências respondem com beleza e agresividade, no mercado nacional sem duvida é uma das melhores que temos, seu manuseio e comercialização, assim como a copaiba começaram através da fabrica Odery Drums. 

Teca: Madeira proveniente da India, é cultivada e regulamentada no brasil para utilização segundo as leis de reflorestamento, tem graves muito agresivos o que para bateria é excelente e uma otima projeção sonora, Sua beleza e a forma de suas “veias” chama muito a atenção e cria um aspecto estetico lindo colocando-a no patamar das madeiras nobres 

Mogno: O mogno é uma madeira existente em varias partes do mundo, de todas as madeiras já pesquisadas é a que tem maior ataque nos graves e densidade, seus veios finos e irregulares propiciam uma sustentação sonora além do padrão, porém, não é uma madeira muito facil de trabalhar além de ser esteticamente feia para acabamentos. Devido ao tempo que ela leva pra o plantio e corte bem como suas qualidades acusticas os instrumentos feitos de Mogno principalemente o aficano acabam ficando dentre os mais caros 

Bubinga: Outra madeira de origem africana, que assim como o mogno possui uma frequência de graves acima da media, madeira escura e de veias grossas, tem muito volume e progessão sonora devido suas veias longas, seus tronco passa facil do 1 metro de diametro e pode chegar facil a ter 50 metros de altura. 

Birth: Destacado a frente de todas como a madeira mais equilibrada entre medios, agudos e graves se tornou a preferida nos estudios de gravação, facil de afinar e de chegar a um ponto de versatilidade que as outras madeiras até agora não conseguiram atingir, seu som é presente e equilibrado o que dá um brilho a mais à estes tambores. 

Maple: Talves seja a madeira mais utilizada na frabricação de baterias juntamente com o Birth e o BassWood, existem mais de 120 tipos de maple hoje registrados, sendo que em algumas partes do mundo ele é usado como alimento devido a concentração de açucares nessa madeira, mas ela além dessa “doçura” toda (mais uma da serie trocadilhos infames fora de hora), ela também é uma madeira com graves muito solidos e equilibrados e agudos harmoniosos, além de ser uma madeira resistente para botar na estrada em shows e coisas do tipo. O mais comum é vermos baterias feitas com o maple amarelo ou branco, mas existe também o maple vermelho que é um pouco mais denso e rigido que os demais. A arvore de Maple é muito linda também, vale a pena você dar uma pesquisada. 

Basswood: Das madeiras utilizadas na fabricação de baterias é considerada a menos nobre, natural de clima temperado tem “veias mais secas, e uma tendência aos graves, ficou muito popular na fabricação de corpos de guitarras também. No geral não podemos descrimina-la por ser considerada “inferior” é que a gama de frequência dela a torna limitada e sua fragilidade deixa o instrumento a desejar, contudo quando bem acabada e salvos a forma correta de guarda-lá viram um canhão, em alguns casos podem surpreender, ao adquirir um tambor desses à colagem das laminas se tornam impresindiveis para se ter um bom tambor. 

Ash: É uma madeira comumente usada na frabicação de guitarras, sua caracteristica sonora é muito limitada, com fibras grossas e porosas, se torna uma madeira muito agressiva. Com ataques cortantes e muito grave é um tambor com boa projeção de sonora e responde à baixas frequências muito bem, está madeira apresenta um envelope dinamico mais curto também, ou seja, o som “morre” mais rapido. 

Marfim: O marfim é outra madeira nacional que vem ganhando mercado e caindo no gosto do brasileiro des de o inicio dos anos 2000. Em primeiro lugar o custo acessivel desses tambores facilitou a adesão no mercado, mas claro se não fosse sua sonoridade e praticidade não teria se mantido tanto tempo. É um tambor geralmente bem equilibrado que agrega peculiaridades do maple e do birth. Tem um grave encorpado e com um ataque suave, seu decay é atenuado entre medios e agudos o que facilita seu controle em estudio, porém sua capacidade sonora, ou seja, seu volume natural é o seu ponto fraco, a resistência desta madeira a longo prazo também não é satisfatória no entento se justifica pelo seu preço de mercado. 

Beech: Madeira de caracteristica nobre, comumente usada pela Yamaha, o Beech tem caracteristicas de cor clara e se classifica entre o maple e o birth, é uma madeira bem equilibrada porém limitada, mesmo sendo mais evidente nas regiões de média frequência, falta-lhe uma presença no seu envelope dinâmico substâncial, seu som é “mais para dentro” tem um tiro (ataque) curto e sem muita pressão e seu decay é harmonioso e equilibrado com leve tendência as altas. Isso à torna propícia à gravações, porém para estilos de baixo volume onde não seja necessário um ataque tão evidente e muita pressão sonora (mpb, jazz etc.), é um excelente tambor, porém com grandes limitações. 

Além das madeiras também temos outros materiais, mais usuais na fabricação da caixa da bateria, mas também (como tem louco pra tudo nessa terra!) alguns usam nos tambores (pra nossa alegria!) 

Acrilico: Ao que todos pensam os tambores de acrilico na maioria das vezes são mais pesados que os de madeira, tem em média 6mm de espessura e são muito rigidos, duros. Por não ter a porosidade e a textura da madeira oferece um som muito cheio e ressonante, em alguns casos dificeis de controlar, é comum não termos definição quando tocamos muitas notas em velocidades altas nos tambores, principalmente nos mais graves. 

Aluminio: Cascos de aluminio podem ser classificados de varios tipos e expessuras, tipos de corte, torneamento e martelamento. A grosso modo são cascos de muito volume e cheio de harmonicos, com ressonância que dependendo do som que se busca é bom evitar ou controlar com abafamento e gates em caso de gravações. Para estilos como Rock, funcionam muito bem, no entanto são mais comumentes usado na fabricação da caixa da bateria e raramente vemos uma bateria toda em aluminio. 

Bronze: Material também comumente usado na fabricação de caixas o Bronze por ser proveniente de uma fusão de materiais tem um som mais vivo e com mais brilho, com uma abramgência tonal maior. 

E também temos os CASCOS HIBRIDOS. Cascos de tambores criados sob a junção desses materiais, geralmente parte com madeira e mais algum material, mas não existe uma regra especifica.

Texto retirado da apostila de Clodoaldo Paiva© Todos os direitos reservados - Professor de Bateria e Percussão Curitiba-PR